O senador Marcio Bittar (União-AC) criticou nesta terça-feira (22) os rumos tomados pela 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27, que se realizou entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito. Na opinião do parlamentar, a conferência, como outras que a antecederam, saiu do “foco", do que era "fundamental debater".
Em pronunciamento no Plenário da Casa, Bittar ressaltou que as nações europeias, patrocinadoras desse tipo de evento, não são exemplos nas questões ambientais, nem em questões de mudanças climáticas:
— Nós estamos vivendo uma época em que a União Europeia, que patrocina esses eventos, que vive financiando ONGs na Amazônia brasileira para dizer o que devemos ou não produzir para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, esses países, agora com a guerra com a Ucrânia, são os primeiros a esquecer completamente os seus manuais, para lançar mão daquilo que tanto condenam, o carvão.
O senador se referia à produção emergencial de energia elétrica com a utilização de um combustível fóssil por países que não aceitam diminuir o seu padrão de consumo.
Bittar questionou o mau exemplo de países como Alemanha, Noruega, Reino Unido, Estados Unidos, que não abrem mão de seus “altos padrões de consumo”. Para o senador, há contradição entre essas nações ricas que usam o status da ONU para pedir aos demais países que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, mas que, na prática, não contribuem para sua redução:
— Aliás, quando se realizam esses encontros, chega a haver 800 aviões particulares, jatos particulares, que emitem gases de efeito estufa, para pessoas endinheiradas dizerem ao Brasil e ao mundo pobre que nós devemos andar de bicicleta, quando eles andam de avião particular e jato particular.
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