Ao discursar em Plenário nesta terça-feira (29), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que o Catar, que está promovendo a Copa do Mundo de 2022, deu um exemplo ao Brasil, onde a competição aconteceu em 2014. Ele destacou que o Catar não cedeu às exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa) para que flexibilizasse a venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
Girão afirmou que, apesar de toda a “pressão” exercida devido aos interesses dos patrocinadores, a fabricante de cerveja Budweiser não obteve êxito, prevalecendo a legislação daquele país. Já o Brasil, declarou o senador, não fez valer em 2014 a Lei 10.671, de 2003, conhecida como Estatuto do Torcedor, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas dentro de estádios e ginásios esportivos em território nacional.
— Tal decisão [do Estatuto do Torcedor] foi amparada por diversos estudos que demonstravam a relação existente entre o consumo excessivo de bebida e a prática de violência, potencializada pela paixão dos torcedores. O futebol é uma paixão nacional. E a gente sabe, pelo efeito multiplicador, que, quando se sai da razão, da consciência, o que pode acontecer dentro de uma arena de futebol. Diferentemente do Catar, o Brasil em 2014 cedeu à pressão da Fifa e resolveu flexibilizar essa lei, permitindo a venda de bebidas alcoólicas nos estádios na Copa daquele ano — criticou o senador.
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