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Agência Senado ganha prêmio de direitos humanos
Uma das reportagens da série Arquivo S, da Agência Senado, recebeu o 39º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo 2022, na categoria on-line. A premia...
30/11/2022 13h10
Por: André Silvestre Fonte: Agência Senado
Fotografia publicada na reportagem premiada mostra ação do movimento Educafro no Senado para cobrar aprovação da Lei de Cotas - Geraldo Magela/Agência Senado

Uma das reportagens da série Arquivo S, da Agência Senado, recebeu o 39º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo 2022, na categoria on-line. A premiação é um estímulo aos profissionais de jornalismo na denúncia de violações de direitos.

Lei de Cotas: dez anos da norma que garantiu direitos e derrubou o mito da 'democracia racial' obteve o terceiro lugar nesta edição, que teve como tema “Intolerância”. A matéria, escrita pela repórter da Agência Senado Paula Pimenta, teve edição do jornalista Maurício Muller, edição de fotografia de Pillar Pedreira e pesquisa histórica do Arquivo do Senado.  

A reportagem não só desbrava os mais de 30 anos de discursos e propostas legislativas que culminaram na Lei 12.711, de 2012, como trata do mito da democracia racial, que por longas décadas foi apresentada como característica da sociedade brasileira — a despeito da desigualdade social, política e econômica entre a população branca e a negra e indígena.

Para a diretora da Agência Senado, Paola Lima, o prêmio é o reconhecimento do trabalho de uma equipe de profissionais comprometida a noticiar não só o que acontece diariamente no Senado, mas também a história do país, de forma atraente e plural.

— A série Arquivo S foi criada em parceria com o Arquivo do Senado, que é o guardião de documentos históricos de valor imensurável. Quando publicamos matérias que resgatam essa dimensão histórica da Casa, propiciamos ao leitor mais do que conhecimento do passado. É uma maneira de entender nosso presente e buscar maneiras de alterar o futuro do país — afirma Paola.

Para a jornalista Paula Pimenta, a produção de matérias que versem sobre a intolerância ou qualquer outro tipo de desrespeito aos direitos humanos contribui para assegurar a todos a liberdade de ser o que é, não só legalmente, mas principalmente na convivência diária.

— Não basta dizer que não se é racista, que não se é xenófobo, misógino, homofóbico etc. É preciso ter atitude diante do desrespeito a qualquer cidadão, em qualquer situação. É preciso juntar a voz aos que são discriminados. Fico feliz por essa matéria estar nesse propósito.

Premiação

O prêmio foi instituído em 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), com a parceria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS). De acordo com os organizadores, o tema escolhido em 2022 é o preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que “convoca para o combate ao desrespeito aos direitos humanos de qualquer espécie, seja de raça, religião, sexo, cor ou política”.

A premiação acontecerá na sede da OAB/RS no dia 9 de dezembro, data que marca os 74 anos da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta edição teve 340 trabalhos inscritos.

A comissão julgadora estabeleceu como critérios a qualidade do texto ou da imagem; a investigação original dos fatos; a profundidade no tratamento da informação;  a abordagem de temas socialmente relevantes; e os valores éticos profissionais refletidos no trabalho.