A senadora Leila Barros (PDT-DF) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (6), o novo decreto do governo federal que contingencia recursos para universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Ela destacou que nos últimos quatro anos a educação no Brasil tem sofrido com elevados cortes de recursos do governo federal.
— Esse corte de R$ 2,4 bilhões representa nada mais nada menos que 11,4% da dotação de despesas discricionárias do ministério. E, no caso das universidades vinculadas e das instituições federais de ensino, o corte representa uma redução de 5,8% nos limites de movimentação e empenho. Quer dizer, com mais esse bloqueio de R$ 147 milhões, os institutos da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica acumulam uma perda de R$ 300 milhões desde junho. Nas universidades federais, a soma do contingenciamento, desde o meio do ano, resulta em um bloqueio de R$ 763 milhões com relação ao que havia sido aprovado no orçamento deste ano — lamentou.
Para ela, os cortes orçamentários demonstram a absoluta falta de prioridade do atual governo com a área da educação. Leila também destacou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que o novo contingenciamento pode inviabilizar o funcionamento das instituições até o fim deste ano.
— Espero que todos estejamos atentos e que compreendamos as dificuldades enfrentadas pelos nossos institutos federais e as universidades federais também, pois é fundamental que esta Casa reaja, de alguma forma, em defesa dessas instituições. O Brasil precisa de mudanças urgentes que permitam que a educação e a saúde tenham uma atenção prioritária por parte do governo federal — afirmou.
Leila ainda agradeceu aos eleitores pelos votos na eleição para o governo do Distrito Federal, mesmo não tendo sido eleita.
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